quinta-feira, 24 de março de 2016

YOGA E ESPIRITISMO


TRAÇANDO UM PARALELO ENTRE OS CONHECIMENTOS

CIENTÍFICOS E FILOSÓFICOS DO YOGA E DO

ESPIRITISMO:

Semelhanças e diferenças entre estes dois

saberes:

O yoga, assim como o espiritismo, não teve

um fundador ou criador, mas sim um

codificador: quem primeiro codificou os

conhecimentos do yoga foi Patanjali por

volta de cinco mil anos atrás.

O espiritismo foi codificado por Allan

Kaderc no século XIX.

Tanto o espiritismo quanto o yoga foram

conhecimentos recebidos de inteligências

superiores.

O yoga com seus sete ramos clássicos, cada

qual com seu objetivo a ser atingido e

estudado (hatha yoga, mantra yoga, karma

yoga, raja yoga, bhakti yoga, tantra yoga,

jnana yoga) preconiza a expansão da

consciência através de técnicas onde o

iniciante/iniciado aprende a desenvolver e

administrar sua energia vital (prana) e a

energia cósmica.

Nos fenômenos que acontecem no yoga, como

levitação, bilocação, telecinesia, telepatia

entre outros, não há o intercâmbio com o

mundo espiritual, há um desenvolvimento das

capacidades mentais, que são chamados sidis.

Quando o praticante de yoga consegue

desenvolver os sidis ele consegue realizar

esse fenômenos extrassensoriais. Lógico que,

para chegar em um nível deste, são

necessários anos ininterruptos de estudos e

dedicação, o que hoje em dia é muito difícil

acontecer, não é qualquer praticante de yoga

que vai ter os sidis desenvolvidos, são

necessários anos, quiçá vidas!!!

Já no espiritismo, tais fenômenos ocorrem

através do intercâmbio do mundo físico com o

mundo espiritual. Para que estes fenômenos

aconteçam é necessário um médium treinado, a

participação de entidades espirituais e a

soma da energia cósmica. Neste caso será uma

combinação de atuações e de energias para

que o fenômeno ocorra.

Sucintamente falando, a diferença básica

entre os dois ramos do conhecimento é que:

no yoga é ensinado a utilizar e desenvolver

as capacidades psíquicas individuas e a

administrar e trabalhar com a energia

cósmica; no espiritismo a pessoa é treinada

a utilizar sua capacidade psíquica

juntamente com uma inteligência extra

corpórea.

Estes dois saberes foram enviados ao planeta

terra para ajudar em nossa evolução.

O yoga com muito mais de cinco mil anos,

acabou ficando restrito a poucos

conhecedores, passou por um período de

adormecimento para ressurgir com bastante

força no mundo ocidental a partir do final

do século passado, porém, muitas vezes ele 

tem sido mal interpretado, passando por

inúmeras releituras que fizeram com que sua

essência tenha se perdido.

O espiritismo é bem mais novo, pode se até

arriscar a dizer que agora que ele está

encontrando seu auge de disseminação.

Tanto um quando outro busca elevar o ser

humano terrestre a um patamar evolutivo

superior, vencer suas paixões, desenvolver

seus potenciais psíquicos e caminhar rumo às

existências mais elevadas.

Os dois saberes se completam e não se opõem,

pois de acordo com o estágio evolutivo de

cada indivíduo, ele partirá para um ou para

outro na sua busca por evolução.

O yogue é um perito em trabalhar com

energias sutis. Também pode adentrar o mundo

dos espíritos, mas não é seu objetivo

primeiro.

O espírita é exímio em trabalhar no

intercâmbio espiritual-físico, sendo este

seu objetivo primeiro.

Pontos em comum: ambos os saberes creem no

processo de transmigração do espírito, a

alma imortal passa por várias experiências

em corpo físico para se aprimorar. Acreditam

nos processos energéticos, que o ser humano

é dotado de um corpo físico, psíquico

/emocional, energético e espiritual.  Outro

ponto em comum é a crença na interação

energética entre as energias vindas do

universo e de outros seres. Sendo

necessário, para a manutenção dos corpos, o

adequado suprimento energético que é

realizado através dos chacras, que são

centros energéticos que captam, transformam

e distribuem a energia vital por todos os

setes corpos. OS chacras principais são sete

e os secundários chegam a quatrocentos e

cinquenta, estão localizados no corpo sutil.

Como podemos notar, há pontos em comum e

pontos de divergência nos dois saberes. Às

vezes o que muda em um ou em outro é apenas

a nomenclatura, a essência é a mesma.

O meu intento com este texto é apenas

elucidar sobre como os saberes podem se

completar e não segregar ainda mais a

humanidade. Não há o bom ou o mal, existe o

adequado para cada um em seu estágio

evolutivo.

Paz e luz

Professora Nadêjda Licia