Você sabe quem foi Caio Miranda?
Leia o texto abaixo e conheça um pouco da vida deste que foi um dos precursores do Hatha Yoga no Brasil:
(1.909-1.969)
(Caio Miranda)
O General Caio Miranda era oficial e, no final da década de 1.950, era membro da Sociedade Teosófica no Brasil. Militar de personalidade forte e controvertida, também era, ao mesmo tempo, muito carismático e suave. Nessa época, como literatura teosófica, lia muito sobre filosofia, ocultismo e Yoga. Fazia parte da Escola Esotérica (Escola Interna da Sociedade Teosófica) e tinha um Mestre Espiritual, o qual denominava Ad.B. Como autodidata, começou a se interessar pelo Raja Yoga após ler um livro de Ramacharaca denominado "As 14 Lições da Filosofia Yogi".
Aprendeu a fazer exercícios respiratórios e, depois que entrou para a Reserva, começou a dar aulas de Raja Yoga em sua própria casa. Em 1.960, Caio Miranda escreveu o primeiro livro em língua portuguesa sobre Yoga, "A Libertação Pelo Yoga", pela Editora Freitas Bastos e, devida à intensa procura, teve que abrir o Instituto de Yoga Caio Miranda, introduzindo a prática de Laya Yoga e Hatha Yoga além do Raja Yoga.
Ele fazia diferença entre "Yôga" e "Yóga", afirmando que o primeiro era a filosofia e o segundo era a prática física (Hatha Yoga), como documentado no livro "Hatha Yóga: a Ciência da Saúde Perfeita", pág. 26 da edição publicada em 1.962 pela Editora Freitas Bastos. Ele definiu Yôga como sendo "todo método capaz de produzir a união real do homem com Deus, ou ainda a doutrina toda em si" e Yóga como "qualquer das práticas do sistema yógui". Embora imprecisas, estas foram as primeiras definições registradas que diferenciam Yôga (pronunciado com "ô" fechado) e Yoga (pronunciado com "ó" aberto).
Criou um método próprio, à base de exercícios respiratórios, asanas de resistência seguidos de um relaxamento induzido feito em uma prancha inclinada. Era rigoroso na execução correta das posturas. A sua técnica de Laya Yoga induzia a uma sedação da emotividade e cessação da atividade mental, uma valiosa prática para superar transtornos excitatórios e depressivos da mente.
Formou os primeiros instrutores de Yoga no Brasil, que abriram sucursais (franquias) do Instituto de Yoga Caio Miranda em vários estados do país e até fora dele (Córdoba, na Argentina, e Porto, em Portugal). Entre os professores brasileiros, podemos citar Maria José Marinho (Belo Horizonte), Isolda Meyer Pslung (São Paulo) e Neusa Veríssimo (Fortaleza). Introduziu o Yoga como profissão, ao contrário da direção mística e monástica de Śrī Sevananda Svami.
Os critério de formação de instrutores era bastante rígido, e o requisito básico era ser aluno do instituto por, pelo menos, dois anos. Fumante inveterado desde os 12 anos de idade, varava as noites escrevendo e fumando. Morreu de câncer de pulmão, em 1.969 aos 60 anos.
A partir de sua morte, sua filha Leda Miranda não quis administrar as sucursais e fechou o negócio. Todas as filiais, ou fecharam ou mudaram seus nomes.
Leia o texto abaixo e conheça um pouco da vida deste que foi um dos precursores do Hatha Yoga no Brasil:
(1.909-1.969)
(Caio Miranda)
O General Caio Miranda era oficial e, no final da década de 1.950, era membro da Sociedade Teosófica no Brasil. Militar de personalidade forte e controvertida, também era, ao mesmo tempo, muito carismático e suave. Nessa época, como literatura teosófica, lia muito sobre filosofia, ocultismo e Yoga. Fazia parte da Escola Esotérica (Escola Interna da Sociedade Teosófica) e tinha um Mestre Espiritual, o qual denominava Ad.B. Como autodidata, começou a se interessar pelo Raja Yoga após ler um livro de Ramacharaca denominado "As 14 Lições da Filosofia Yogi".
Aprendeu a fazer exercícios respiratórios e, depois que entrou para a Reserva, começou a dar aulas de Raja Yoga em sua própria casa. Em 1.960, Caio Miranda escreveu o primeiro livro em língua portuguesa sobre Yoga, "A Libertação Pelo Yoga", pela Editora Freitas Bastos e, devida à intensa procura, teve que abrir o Instituto de Yoga Caio Miranda, introduzindo a prática de Laya Yoga e Hatha Yoga além do Raja Yoga.
Ele fazia diferença entre "Yôga" e "Yóga", afirmando que o primeiro era a filosofia e o segundo era a prática física (Hatha Yoga), como documentado no livro "Hatha Yóga: a Ciência da Saúde Perfeita", pág. 26 da edição publicada em 1.962 pela Editora Freitas Bastos. Ele definiu Yôga como sendo "todo método capaz de produzir a união real do homem com Deus, ou ainda a doutrina toda em si" e Yóga como "qualquer das práticas do sistema yógui". Embora imprecisas, estas foram as primeiras definições registradas que diferenciam Yôga (pronunciado com "ô" fechado) e Yoga (pronunciado com "ó" aberto).
Criou um método próprio, à base de exercícios respiratórios, asanas de resistência seguidos de um relaxamento induzido feito em uma prancha inclinada. Era rigoroso na execução correta das posturas. A sua técnica de Laya Yoga induzia a uma sedação da emotividade e cessação da atividade mental, uma valiosa prática para superar transtornos excitatórios e depressivos da mente.
Formou os primeiros instrutores de Yoga no Brasil, que abriram sucursais (franquias) do Instituto de Yoga Caio Miranda em vários estados do país e até fora dele (Córdoba, na Argentina, e Porto, em Portugal). Entre os professores brasileiros, podemos citar Maria José Marinho (Belo Horizonte), Isolda Meyer Pslung (São Paulo) e Neusa Veríssimo (Fortaleza). Introduziu o Yoga como profissão, ao contrário da direção mística e monástica de Śrī Sevananda Svami.
Os critério de formação de instrutores era bastante rígido, e o requisito básico era ser aluno do instituto por, pelo menos, dois anos. Fumante inveterado desde os 12 anos de idade, varava as noites escrevendo e fumando. Morreu de câncer de pulmão, em 1.969 aos 60 anos.
A partir de sua morte, sua filha Leda Miranda não quis administrar as sucursais e fechou o negócio. Todas as filiais, ou fecharam ou mudaram seus nomes.
Boa leitura, namastê
Professora Nadêjda